Por que pequenas empresas fecham antes dos 5 anos?

Existem algumas respostas já estudadas e respondidas por órgãos como SEBRAE, que traz em um de seus estudos o seguinte:

Pequenas empresas fecham antes de 5 anos porque:

  • ·      Falta de gestão
  • ·      Fata de conhecimento do mercado
  • ·      Misturar a vida pessoal com a profissional
  • ·      Relacionamento ruim com clientes e fornecedores
  • ·      Falta de inovação

Estes são apenas alguns pontos demonstrados em estudos. E aí eu questiono: já sabemos estas respostas. O que estamos fazendo para sair desses índices?

Me parece um comportamento semelhante a dieta. A grande maioria de nós sabe o que deve ou não comer e se comportar para manter o peso saldável. Mas o que é comum de se ver? Pessoas buscando todos os dias fórmulas mágicas para perder peso, seja por motivos de saúde, seja por estética. Se todos sabemos as principais regras do que é mais saudável e do que não é, por que temos dificuldade em fazer o que precisa ser feito?

Uma resposta que vejo para isso é que gostamos de prazer imediato e de fórmulas simples para resultados rápidos. Poucos se entregam a viver o processo de transformação de situações que não queremos mais vivenciar.

Se pensarmos do ponto de vista de empresa, o que é prazer imediato? Faturamento alto, crescimento rápido, contratações fáceis e por aí vai. Estas coisas podem até ser possíveis por um pouco de tempo, mas não se sustentam sem processos, sem alinhamento de cultura e sem controle de resultados.

Há uma ferramenta de gestão chamada Análise SWOT que tem como função analisar nossas forças e fraquezas e, quais são as oportunidades e ameaças que podemos passar com estas características. O objetivo é ter plano de ação para melhorar as forças e minimizar as fraquezas. Esta ferramenta já é capaz de trazer clareza sobre comportamentos e situações que podem ser mudados dentro de casa para melhorar os resultados externos.

É claro que precisamos saber o que está acontecendo com a economia nacional e do mundo; o que se passa com a política; o que está revolucionando nosso mercado, marketing, vendas, inovação, inteligência artificial e outros “cento e duzentos” assuntos que devemos nos manter antenados, mas nada é mais eficiente do que olhar para dentro primeiro. Entender onde estamos errando e partir para a ação de correção. Entender onde já somos bons e melhorar ainda mais. Este é o jogo de manter uma empresa em crescimento e com bons resultados.

Os números contam a história da empresa e sem eles é impossível termos informações consistentes sobre o desempenho e pontos de melhoria de qualquer empresa, seja qual for o tamanho dela.

Alguns poderão me dizer: o que importa é o produto.

Sim, se não tiver um bom produto, não avança. Mas se não tiver uma proposta de valor por traz desse produto, as chances de se perder no caminho são maiores que as de crescimento.

Outros poderão me dizer: é preciso ter dinheiro.

Sim, o dinheiro é a energia que corre nas veias da empresa e demonstra como está sua saúde. Mas sem estratégias, o dinheiro entra e sai da organização sem ser percebido e quando analisamos e demonstramos isso, é comum ouvir a exclamação: “onde foi parar todo este dinheiro? ”. Isso acontece por falta de controles de entradas e saídas de recursos o que pode ser, a médio prazo, um vírus que mina todas as energias da empresa. Não se mede o desempenho de uma empresa apenas pelo saldo bancário.

Outros ainda poderão me dizer: é necessário ter pessoas trabalhando para ter crescimento.

Sim, concordo plenamente. Mas as pessoas precisam saber quais são os objetivos da empresa, missão, visão, valores, princípios e mais: entender se estão ou não alinhadas com eles.

Talvez eu não esteja falando nada de novo para pequenos empresários. E aí eu pergunto: Se todos já sabemos disso, por que não avançamos em resultados, inovações e desenvolvimento de pessoas?

Por que passamos grande parte do tempo esperando novas políticas fiscais ou financeiras para então pensar em mudanças?

Por que dedicamos mais tempo nos adequando às pessoas que vem trabalhar em nossas empresas do que contribuindo para que elas realmente evoluam como profissionais através de desafios diários?

Estas reflexões precisam sair do plano teórico para vivencias diárias. Através disso, seremos capazes de construir empresas mais fortes, profissionais mais valorizados e um País mais respeitado e com economia fundamentada em ações que ajudam o crescimento de todos.