Famílias estão ficando mais endividadas com facilidades de empréstimos consignados: entenda o alerta e como se proteger

Nos últimos anos, o crédito consignado se tornou uma das formas mais populares de acesso a dinheiro rápido no Brasil. Oferecido com juros mais baixos, prazos longos e desconto direto na folha de pagamento, o modelo atrai especialmente aposentados, pensionistas e servidores públicos. No entanto, o que deveria ser uma solução pontual tem se tornado um gatilho silencioso de endividamento.

Dados recentes do Banco Central e da CNC (Confederação Nacional do Comércio) mostram que o número de famílias endividadas bate recordes consecutivos, e o consignado está entre os principais fatores por trás desse avanço.

O que torna o consignado tão perigoso?

Apesar de parecer vantajoso, o empréstimo consignado possui características que, mal administradas, tornam-se armadilhas financeiras:

  • desconto automático: o valor é abatido diretamente do salário ou benefício, o que reduz a renda líquida disponível antes mesmo do dinheiro cair na conta;
  • ilusão de capacidade de pagamento: muitos contratam parcelas que parecem pequenas individualmente, mas acumulam diversos contratos, comprometendo grande parte da renda;
  • recontratações recorrentes: é comum a oferta de “crédito novo” antes mesmo do fim do contrato anterior, incentivando o ciclo de endividamento contínuo;
  • público vulnerável: aposentados e pensionistas, com renda fixa e pouco acesso a educação financeira, são os principais alvos das instituições financeiras.

Impacto nas finanças familiares

O problema vai além do indivíduo. Com boa parte da renda comprometida por dívidas, as famílias perdem poder de compra, reduzem investimentos essenciais (como saúde, educação e moradia), e muitas vezes precisam recorrer a novos empréstimos para cobrir despesas básicas, criando um ciclo difícil de romper.

Além disso, o crescimento do endividamento afeta a economia como um todo, reduzindo o consumo consciente e aumentando a inadimplência em outras modalidades de crédito.

Onde entra a contabilidade?

Seja para pessoas físicas, microempreendedores individuais ou empresas familiares, a contabilidade consultiva tem papel fundamental nesse cenário:

  • educação financeira e orientação estratégica: ajudar clientes a entender sua real capacidade de pagamento, organizar seus fluxos de caixa e avaliar alternativas mais saudáveis de crédito;
  • planejamento patrimonial: estruturar os bens e rendimentos familiares de forma a garantir proteção e estabilidade a longo prazo;
  • apoio a empresários que usam o próprio CPF para financiamentos: muitos empreendedores acabam misturando finanças pessoais com dívidas do negócio, o que pode comprometer sua saúde financeira.

Como evitar o efeito bola de neve?

  • analise a real necessidade do crédito antes de contratá-lo;
  • evite múltiplos consignados simultâneos;
  • faça simulações de impacto na renda líquida;
  • conte com um contador ou consultor financeiro para orientar as melhores decisões no curto e longo prazo.

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