“Você teria coragem de entrar em um avião e fazer uma longa viagem sabendo que o piloto não tem experiência e tem poucas horas de voo?
Relaxaria se soubesse que ele desconhece os instrumentos de navegação?
Dormiria se ele não tivesse habilidade para se desviar de rotas turbulentas, com alta concentração de nuvens e descargas elétricas? Obviamente não…” – trecho do livro “O Mapa da Mente” de Augusto Cury.
Este livro é uma abordagem sobre o funcionamento da mente e emoções humanas e suas consequências, pensando que empresas são Pessoas Jurídicas com almas de Pessoas Físicas, fiquei pensando em como esta analogia se aplicaria a uma organização, onde o piloto representa os gestores, o avião representa a operação e os
instrumentos de bordo representam as mais diversas ferramentas de gerenciamento de empresas.
A primeira pergunta já mostra os desafios que novos empreendedores de micros e pequenas empresas enfrentam quando chegam ao mercado. Tem um processo e um caminho a percorrer para conquistar clientes e fazer faturamento. Agora, imaginem se os clientes questionassem sobre as ferramentas de gestão utilizadas para manter a empresa em operação? A resposta, é claro, teria que vir acompanhada de demonstrativos que a validassem. Mas, como fazer quando os controles são amadores e não tem fundamentação contábil? Será que os clientes permaneceriam confiando?
E se os clientes quisessem saber como a empresa enfrenta os momentos de turbulência? Se tem plano B para situações de falhas no cumprimento das entregas prometidas? Que tipo de resposta se daria, se, na maioria das vezes, falhas e imprevistos não são nem cogitados?
Ainda sobre as Lojas Americanas, os noticiários trazem que muitos fornecedores tinham cerca de 40% de suas receitas vindas das vendas de lá. Como agir agora, com essa quebra de dinheiro no fluxo de caixa?
Assim quando não se cuida da saúde física, pode-se acumular vários problemas de saúde, assim também com as empresas, que se não cuidadas atentamente, podem trazer problemas que interferem no dia a dia e levam até à morte, em muitos casos.
Prova disso é o alto índice de mortalidade de micro e pequenas empresas antes do quinto ano de vida. Em sua maioria, além de não terem controles de gestão, falta estratégia e disciplina para se cumprir as regras fiscais.
Infelizmente é mais fácil achar que pagar impostos é ruim e não tratar do assunto com diligência, do que entender melhor sobre o tema e buscar alternativas junto aos legisladores. Como podemos mudar isso? O que se pode fazer para diminuir a distância entre empresários e contadores a fim de se ter melhor controle de
dados e evitar novas mortes de negócios no Brasil?